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4/26/2011

iPad em 1994? Vídeo antigo mostra conceito de tablet e editoração digital

Ok, a Apple é inovadora e bla, bla bla bla. Ninguém tira o mérito de Steve Jobs e sua trupe por terem revolucionado e, por que não?, inaugurado o mercado de tablets. Mas é importante frisar: o mercado, e não o tablet em si. A Microsoft, por mais estranho que possa parecer, já pensava no conceito muito antes do iPad existir e adicionou, ainda em 2001, funcionalidades sensíveis ao toque para Windows XP, visando aparelhos que funcionassem com o sistema operacional.

Talvez a mais impressionante evidência de que a ideia de um tablet já era presente há pelo menos 17 anos seja o vídeo da Knight-Ridder(clique para assistir), produzido em 1994. Um dos autores do vídeo, o visionário Roger Fidler, explica como o conceito de tablet que criou funciona. E pasmem!, a ideia é muito semelhante com o que a gente considera, hoje, tecnologia de ponta.

Roger Fidler demonstra o funcionamento de um computador de mão, com a espessura de um livro e dimensões de uma revista, poder de processamento necessário para reproduzir conteúdo multimídia, tela sensível ao toque, atualização periódica de conteúdo midiático, gráficos interativos, transmissão de dados sem fio e praticamente tudo que faz um marmanjo babar por um iPad. Tudo isso em uma época em que acessar a internet era uma tarefa árdua, caríssima e tão lenta quanto um modem de 14.4Kbps (kilobits por segundo) de velocidade.

De fato, a visão de Roger “Nostradamus” Fidler ia além da ideia tablet e tentava prever como seria o futuro dos grandes jornais, algo que até hoje ainda está indefinido. Ao que tudo indica, ele estava certo, e as principais publicações vão mesmo migrar totalmente para o digital em breve. Vide o jornal “The Daily”, exclusivo para iPad, e outros que abandonaram o papel definitivamente.

“Novas formas de comunicação tendem a herdar características dos meios antigos por um período. Com o passar do tempo, claro, eles evoluem e adquirem características próprias. Eu acredito que o mesmo acontecerá com a transição do papel para plataformas digitais, seja um jornal, uma revista ou um livro. No começo, eles manterão as características básicas dos produtos antigos… E isso é absolutamente compreensível; nós não queremos importunar ninguém com manuais sobre como ler jornais”, disse Fidler no vídeo (de 1994), quase que prevendo o futuro.

É difícil dizer em que momento a ideia de Fidler se perdeu. Talvez o mundo não estivesse preparado para a novidade, ou a estrutura que o gadget demandaria era sofisticada demais para a época. Mas uma coisa é certa: grandes jornais, não digam que não foram avisados sobre a derrocada do papel.


Eita , como diz o ditado.

"Nada se cria , tudo se copia".


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