O ex-funcionário de uma universidade particular de Belo Horizonte, a Fumec-FACE, afirma ter sido demitido depois que passou a se vestir como mulher e assumir sua condição feminina.
Auxiliar administrativo da universidade há quatro anos, Heverton Camargo de Sousa, de 19 anos, começou a mudar o visual no fim de 2010. Aos poucos foi deixando o vestuário masculino e, em janeiro, decidiu alterar radicalmente a maneira de se vestir.
- Começaram a achar que eu piorei no trabalho e apontaram vários defeitos em mim. Logo depois, eu fui demitido.
O jovem diz que sua demissão ocorreu duas semanas após usar um sapato de salto alto vermelho. Ele, que estuda administração na universidade, continua matriculado como aluno.
Procurada pelo R7, a Fumec-FACE afirma que a demissão ocorreu por razões profissionais. O desempenho do ex-funcionário nos últimos meses foi "insuficiente", e ele recebeu uma carta de advertência há cerca de um ano e meio, segundo a instituição.
A nota oficial enviada pela instituição diz ainda que não houve situações de discriminação, e que outros dois funcionários foram demitidos na mesma data que Heverton por razão similar - uma reestruturação administrativa.
Diversidade sexual
A presidente da comissão de diversidade sexual da OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais), Marisa Campos, afirma que várias testemunhas estão a favor de Heverton, o que pode ajudá-lo em uma ação judicial contra a universidade. O jovem mudou seu nome para Giselle Vuitton.
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